Serviço:
Autoria do texto
: equipe PIBID, Subprojeto História.
Relações públicas e secretariado de Maio: Nilton Júnior.
Revisão textual: Maria
Cristina Evangelista.
No dia 03 de maio de
2017, o Coordenador do Pibid, Me. Euzébio Carvalho, deixou atividades para nós
bolsistas realizarmos. Sendo que Lorranny Barcelos não compareceu por motivos
pessoais, justificando sua ausência. Confirmaram presença: Ana Cristina Alves,
Isabella de Sá, Poliana Alves e Samara Luciana. Começamos nosso encontro às
oito horas da manhã, na sala do NEAAD, situado no Câmpus Cora Coralina, na UEG.
Assistimos 6 episódios
da coleção “A cor da Cultura”. O primeiro com o título: Educação Infantil, o
segundo Religiosidade, o terceiro Educação quilombola, o quarto Identidade, o
quinto Multidisciplinaridade e o sexto Arte.
Todos esses episódios
estão interligados. Cada um traz consigo riquíssimas informações. Um exemplo
disso, são as relações das crianças com a questão racial, podendo ser mostrada
em trabalhos escolares que possuem informações e participações dos pais com a
comunidade. O IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) trouxe um dado
muito importante: crianças que começaram a estudar com 3 anos de idade tem
menores índices de reprovação, podem ter maiores salários e melhores desenvolvimentos.
Os episódios mostraram
que são poucas as crianças negras que estão matriculadas em escolas de nível
infantil. Para tanto, essas escolas buscam a cultura negra para ser vivida
junto a esses estudantes, como fabricação de bonecas negras. Assim, as crianças
vão ter acesso ao que remete a estética negra e também reconhecer que uma
boneca negra possui beleza como uma boneca branca. Lembrando que muitas escolas
mostraram que as bonecas brancas são mais fáceis de serem vistas para o consumo
das pessoas. E o pior, as bonecas que são encontradas com a cor preta, não são
originais (fabricadas dessa cor), elas são pintadas. O ator do episódio
relacionado a educação infantil disse: “Nem no mundo das brincadeiras, o
preconceito está imune.”
Para colocarem o
costume negro como uma cultura que nós estamos inseridos nela, muitas
instituições apresentam alimentos africanos que estão em nossas refeições.
Acrescentam no cardápio da escola e degustam, saboreando. E muita das vezes,
não sabemos que é de fundamental importância colocarmos o ensino da África
nessas escolas, pois as crianças desde o início, irão saber de onde viemos, de
onde os alimentos que comemos vieram e serem pessoas contra qualquer tipo de
preconceito nessa sociedade pluricultural que temos, marcada por muitos
estereótipos.
Logo, é preciso que a
família participe da vida do filho estudante, que o aluno saiba sua identidade
e a do outro também, porque as diferenças nos fazem sermos iguais. Isso pode
ser mostrado quando vemos filmes, escutamos músicas, falamos palavras, porém
não temos conhecimento de suas origens. Isto é, devemos ter a sabedoria de que
somos pessoas que temos cultura. Ou seja, muitas coisas não são iguais para
todos. Cabe a cada um, ter respeito, sem julgamentos.
É importante sabermos
de onde viemos, qual é nossa ancestralidade, quais são os mitos, estudar o
continente africano, assistir filmes que mostram os negros, a sua resistência, obter
conhecimentos sobre jogos, danças, penteados, animais... Memorizar as coisas
boas que os africanos deixaram, resgatar na memória das fontes atuais, um bom
exemplo é o filme KIRIKU, usar da etnomatemática como uma aliada nas salas de
aula, mostrando que os algarismos podem fazer aparatos com o cotidiano da
ÁFRICA, trabalhar com as diversas formas geométricas para formarem objetos
africanos. Tudo isso contribuindo para o professor e para a formação de uma
consciência crítica do estudante.
Mudar o ritmo das aulas
é uma ferramenta que o professor precisa utilizar. Um aluno ama tecnologias.
Então, posso mostrar em sites, como é a África, o que ela possui, quem são seus
habitantes e etc. Destacar que não existem apenas miséria, fome, doenças. E
sim, belezas de paisagens, arte (recriando, produzindo), negros belos e uma
cultura rica no aspecto das etnias, que aliás são inúmeras.
Uma forma de se
perceber o preconceito em relação a cultura africana no Brasil, refere-se ao
preconceito empregado as religiões de matriz africana, que por este motivo não
se manifestavam de forma livre até o ano de 1824. Estas manifestações ocorriam em
locais escondidos ou a partir do sincretismo religioso com o catolicismo, sendo
esta a religião hegemônica do Brasil.
Nessa coleção de
episódios, é mostrado também que existem 1408 comunidades quilombolas no
território nacional. Uma pesquisa foi realizada, colocando gravuras para as
pessoas identificarem onde existiram quilombos. O resultado foi que os
entrevistados não perceberam que existiram quilombos nos espaços urbanos, como
os cortiços (lugares de refúgio).
Segundo o Censo Demográfico,
75% das pessoas são negras ou afrodescendentes. Como dizer então que depois da
escravidão, ainda existe preconceito? Infelizmente existe! Como posso falar que
um é melhor do que o outro? Se compararmos em questões de resistir, um branco
não é melhor do que um negro. O que cabe aqui, é reconhecer cada ser humano
como uma pessoa que é integrante da mesma sociedade que a minha.
O preconceito racial é
tamanho, que o povo do Quênia (região da África) dominaram o fogo, mas muitos
dizem que foram os chineses. Os africanos descobriram a medicina, a escrita e a
metalurgia e ainda, as pessoas insistem com o preconceito, já que frisam
superioridade do branco sobre o negro. Por que tanto preconceito?
Fechando os episódios,
o apresentador diz que o Bullyng existe, e que deve ser tratado. Se somos
pessoas do arco-íris, porque não mostrar minha cor? Somos todos coloridos, cada
um com sua cor, e que o nosso existir seja igual.
Nosso encontro foi
muito produtivo, rico. Percebemos que as culturas são dotadas de características
que marcam cada povo. A arte é uma manifestação de cultura, de representação de
algo no tempo.
Na parte da manhã,
terminamos às 12 horas. Já o nosso encontro a tarde foi destinado a produção
dos relatos finais do projeto do Pibid, cada bolsista neste período ficou
ocupado com a produção do seu relato. Finalizamos o encontro às 16 horas.
Dessa forma, o encontro
foi relevante para nossa formação profissional e social, em virtude de ter
fornecido, mas também ampliado quantitativamente e qualitativamente as
informações acerca da história e cultura africana e afro-brasileira que
possuíamos. Além de ter sido fundamental na demonstração de como essas
informações podem ser aplicadas no âmbito escolar e assim auxiliar os
estudantes a sanarem suas carências de orientação.
Frequência:
Ana Cristina Alves, Isabella de Sá, Poliana Alves e Samara Luciana.