terça-feira, 31 de março de 2015

33ª REUNIÃO DE FORMAÇÃO (31/03/2015)

Serviço: 
Autoria do texto: equipe PIBID, Subprojeto História 
Relações públicas e secretariado de Fevereiro: Elivan Andrade e Wariane Machado
Revisão textual: Maria Cristina Rodrigues Evangelista

O Seminário Interno do PIBID que estava planejado para o dia 31 de março foi adiado e remarcado para o dia 07 de abril. Iniciamos a nossa reunião as 08:00 horas. O período matutino foi dedicado a realização do cadastro dos projetos na plataforma Pegasus da UEG.

Cantora Mariene de Castro
A tarde iniciamos as 14:00 horas com a participação da professora da UEG Lídia Ribeiro. Trabalhamos com a música Oxossi de Mariene de Castro. Seguimos a metodologia de trabalho dividindo a música na parte instrumental e textual. A discussão a cerca da música foi muito enriquecedora para o nosso trabalho. Foi possível fazer uma ligação da letra da música com o enredo de outros orixás.


Orixá Oxossi 

Em seguida, foi lido o conto: Bará aprende a trabalhar com Ogum. Em nossa reflexão sobre o conto. O professor Euzebio fez uma ligação de Bará com o Saci Pererê. Trabalhando com a linguagem yorubá, descobrimos que “Pererê” significa a criança (erê), de uma (pere) perna só.
Em seguida organizamos o tempo para as apresentações do Seminário Interno do PIBID. No qual seremos qualificados pelas professoras Ma. Lídia Ribeiro e  a Doutoranda Josilene Campos. Encerramos o dia de trabalho com os bolsistas individual ou em dupla trabalhou com seu projeto.


Frequência:
Jaqueline Moraes, Maria Elisa Magalhães, Mauro Mota Junior, Elivan Silva, Jessica Soares, Patrícia Santos, Jade Melo, Wariane Machado.   




Wariane de F. Machado: A música Oxossi, de Mariene de Castro nos possibilitou um diálogo muito grande com o enredo do orixá. Foi interessante como todos participaram da discussão. E posteriormente com a leitura do conto, fiquei impressionada com a relação que foi feita de Bará com um personagem do nosso folclore, o Saci-pererê. Principalmente com a contribuição do aluno Mauro ao buscar os significados da palavra "pererê". A história e cultura afro-brasileira está presente em nosso dia-a-dia, faz parte de nossa identidade, faz parte de quem realmente somos. E seus elementos estão a nossa volta o tempo todo, porém por falta de conhecimento de suas origens, em muitos dos casos, não os percebemos. 

Jessica Regina Soares:  Cadastrar o projetos de extensão na plataforma Pegasus, foi um pouco difícil, acredito que seja devido a nossa inexperiência. O dialogo sobre a música foi muito bom, foi uma discussão que abrangeu vários aspectos sobre Oxossi e outros orixás, onde todos contribuíram um pouco. Muito legal foi a questão do Saci-Pererê, e o significado que se entendeu sobre o nome. Enfim, as reuniões tem sido pautadas por temas muito enriquecedores, que têm trazido descobertas gratificantes. 

Elivan Andrade: Como já disse a Jessica, o trabalho de cadastrar as atividades extensionistas na plataforma Pegasus (plataforma onde são cadastrados os projetos da UEG) foi um trabalho difícil por conta de tanta burocracia exigida. Os nossos projetos foram cadastrados por intermédio do Prof. Euzebio Carvalho, pois apenas professores da universidade podem cadastrar projetos. Os alunos também podem fazer isso, mas dependem de um professor que tope a empreitada. 

Maria Elisa Santos: Como no ano passado realizamos vários projetos e nenhum foram cadastrados como projetos de extensão. Decidimos que este ano reservaríamos um dia para o cadastro. Fomos divididos em duplas, e cada dupla realizou o cadastro de um projeto: Projeto Erê, Projeto Cine Afro-educação, entre outros. 
Vejo que foi bastante interessante este trabalho que o Coord. Euzebio fez com gente, pois ganhamos mais incentivos em fazer algo, e além disso é de muito importante para nossa formação e currículo. Mas, sem contar que não é nada fácil fazer este trabalho de cadastro, levamos um bom tempo na frente do computador (rsrsrs). 

Jaqueline Pereira de Morais: Assim como já foi abordado pelos colegas cadastrar os projetos na plataforma Pegasus não foi tão fácil assim, mais era preciso nos dedicar e persistir até o fim. Pois como a pibidiana Maria Elisa  já ressaltou, o ano passado foi realizado vários projetos, oficinas, porém não foram cadastrados como projeto de extensão. As horas de extensão é exigência da universidade, para que os acadêmicos concluam o curso plenamente precisa ter no mínimo 40 horas de extensão. Já falei em alguns comentários sobre o quão é importante a metodologia que está sendo utilizada para inciarmos nossos trabalhos, porém ressalto que está sendo ótimo conhecer mais sobre cantores(as) negros e, que dedicam-se também a compor e cantar músicas com referências africanas. Uma das maiores carências existente na vida das crianças é a falta de representatividade de pessoas também negra.   

terça-feira, 24 de março de 2015

32ª REUNIÃO DE FORMAÇÃO (24/03/15)

Serviço: 
Autoria do texto: equipe PIBID, Subprojeto História 
Relações públicas e secretariado de Fevereiro: Elivan Andrade e Wariane Machado
Revisão textual: Maria Cristina Rodrigues Evangelista

Capa do livro "Mitologia dos Orixás
Dia 24/03, reunidos no CEPEDOM (Centro de Pesquisa, Documentação e Memória da UEG) para planejamento e formação do SubProjeto PIBID. 
Como planejado para esse ano, o encontro iniciou com a leitura de um conto e uma música relacionada ao tema dos nossos trabalhos. O conto do dia foi "Exú promove uma guerra em família", seguindo o enredo do orixá, do qual pudemos observar algumas características de Exú: astuto, engenhoso e inteligente. 
Em seguida, ouvimos uma música "Adiemus" escolhida por Mauro (a proposta para este ano é que os bolsistas apresentarão uma música por encontro, seguindo o mesmo processo didático de identificação dos elementos musicais, instrumentos, sentimento e a letra da música, quando houver).

Na segunda parte, após o almoço, ouvimos outra música,  escolhida pela bolsista Jade: 

E em seguida, a leitura do conto "Eleguá ganha a primazia nas oferendas". A música escolhida relaciona-se muito com o conto, que trazem a ideia de Exú como orixá do começo e da abertura.



Frequência: Jaqueline Moraes, Maria Elisa Magalhães, Mauro Mota Junior, Elivan Silva, Jessica Soares, Patrícia Santos, Jade Melo, Wariane Machado.   




Wariane de F. Machado: A reunião do dia 24 de março contribuiu de maneira positiva para a nossa formação a partir das reflexões feitas sobre as músicas e os contos escolhidos. A música levada pelo bolsista Mauro, "Adiemus" (https://www.youtube.com/watch?v=aL8kZ-iVk90), mostrou algo que eu ainda não tinha conhecimento. É uma música sem letra, cantada com um conjunto de fonemas. O que a torna muito agradável de se ouvir. 

Jessica Regina Soares:  As músicas tem trazido para as reuniões novas descobertas e possibilitado a ampliação do conhecimento sobre o assunto. Sobre os mitos, estar falando um pouco sobre Exú, traz a oportunidade de conhece-lo, aprender sobre suas características e influencias, e também desmitificar as ideias que se tem sobre os mesmo. 

Maria Elisa Santos: Esta reunião foi mesmo para apresentar esta nova forma de trabalhar a música em sala de aula e também através dos contos ficarmos mais ligados à mitologia yorubá. Além de serem importantes para nossa formação docente, é também interessante prestar atenção na forma como o professor Euzebio faz, para que executamos bem esta metodologia em sala de aula. Vejo significante a amostragem destes novos meios de transmitir o aprendizado, uma vez que, atualmente nossas metodologias de ensino está cada vez mais desinteressante para o aluno.

Jaqueline Pereira de Morais: Uma observação muito importante e que é bastante diferente da cultura e ensinamentos aos quais fomos criados é questão da dualidade que não existe nessa cultura. Nos enredos dos mitos não aparece essa característica de bom-mal. São sempre enredos que transmite ensinamentos, porém nunca levar o ser humano ao estado de julgamento, como existe em nosso cotidiano. Sempre  que alguém faça alguma trapaça é em torno de um interesse, o que não significa que ele esteja errado ou certo. Sempre tem transparecido a importância dos rituais, de cultuação, o respeito também é algo bastante visível na mitologia yorubá. 

terça-feira, 17 de março de 2015

31ª REUNIÃO DE FORMAÇÃO (17/03/2015)

Serviço: 
Autoria do texto: equipe PIBID, Subprojeto História 
Relações públicas e secretariado de Fevereiro: Elivan Andrade e Wariane Machado
Revisão textual: Maria Cristina Rodrigues Evangelista


Na reunião do dia 17 de março, iniciamos nosso dia de trabalho ouvindo a música: Berekeke de Geraldo Azevedo. Seguimos nossa metodologia, dividindo a música para trabalhar inicialmente a parte instrumental, e depois trabalharmos a sua letra. Desta forma, identificamos os sentimentos por ela proporcionados. O ritmo ao qual ela pertence, e os instrumentos musicais utilizados em sua composição. Na parte textual identificamos as palavras as quais não sabíamos o significado e discutimos a sua letra.

Orixá: Exu
Ouvimos o conto: Exu leva dois amigos a uma luta de morte. Resumidamente o enredo fala de dois amigos que deixaram de adorar Exu, que para se vingar provoca um desentendimento entre os amigos, que acabam se matando. É importante ressaltarmos que nas religiões de matriz africanas não existe o dualismo. Desta forma, não existe a distinção entre bem e mal. Outro ponto a ser levantado é que não fazemos nenhuma forma de proselitismo ou iniciação as religiões de matriz africana.

Em seguida, fizemos uma reflexão sobre a participação dos bolsistas na rádio 13 de maio, no programa Voz Ativa. Que ocorreu no dia 13 de março, das 09:00 às 11:00 horas. Uma oportunidade excelente de apresentarmos o nosso trabalho para os ouvintes da Cidade de Goiás. O convite foi feito pelo Prof. Robson Moraes,  infelizmente ele não pode estar presente no dia. Fomos acompanhados pelo também professor de Geografia da UEG, Vinicius Polzin Druciaki.
Para encerrar os trabalhos no período matutino, realizamos a leitura das Diretrizes Curriculares Nacionais.


Cantora Fafá de Belém
No período vespertino iniciamos as 14:00 horas, ouvindo um pout pourri com as músicas: Chama Verequete/Ogun Balaiê/Xô peru/ Sereia do Mar na voz de Fafá de Belém.
No decorrer da tarde o coordenador Euzebio juntamente com a professora Maria Cristina realizaram uma orientação individual dos projetos que estão sendo realizados em dupla e/ou individual. E nos informou sobre a realização de um Seminário Interno do PIBID que estava marcado para acontecer no dia 31 de março.


Frequência
Jessica Soares, Wariane Machado, Elivan Silva, Jaqueline Moraes, Mauro Mota Junior, Victor Borges, Jade Melo, Kesia Faria, Maria Elisa Magalhães e Patrícia Santos.




Wariane de F. Machado: É interessante o quanto podemos trabalhar com aspectos culturais a partir de uma música! Desde que iniciamos esse trabalho com músicas e com a leitura de contos, ganhamos muito em nossa formação. São temas que sempre exigem nossa reflexão, proporcionando assim, excelentes debates. 
Jessica Regina Soares: Vale destacar, que o uso das músicas tem sido uma forma de metodologia para aprender a usar musica em aula fundamental, e também uma ótima forma de entrar em contato com a Cultura Afro-brasileira e Africana. Em relação aos mitos, possibilita outra forma de contato com essas Culturas, é por mais que entre em contato com a religiosidade, não se desenvolve um processo de proselitismo e sim de aprendizagem. As orientações sobre o trabalho foi importante para resolver alguns questionamentos e problemas sobre o mesmo.
Elivan Andrade: Me sinto cada vez mais animado e empolgado com os inícios das nossas reuniões (com os contos e as músicas), estou tendo oportunidades de saber e conhecer mais sobre os Orixás, com os contos lidos, e também aprendendo muito sobre uma das metodologias para se trabalhar músicas em sala de aula. 

Maria Elisa Santos: As orientações que recebemos dentro do nosso projeto são de total importância para nosso ensino-aprendizagem. Isto porque, o conhecimento que recebemos contribui e muito para termos uma construção ideológica menos eurocentrada. A cada dia, estamos crescendo intelectualmente, e como futuros professores podemos fazer da sala de aula lugares com mais equidade e menos preconceito, fazendo que o outro respeite as diferenças existe na sociedade.

Jaqueline Pereira de Morais: Nossas reuniões a cada dia é um acontecimento que nos incentiva e nos motiva ainda mais a querer estar no projeto, a compartilhar experiências. Como ja foi destacado tem sido muito gratificante iniciar nossos encontros com músicas e contos. A cada música é uma discussão enriquecedora, pois estamos aprendendo como trabalhar música em sala de aula, e o quanto uma música(bem preparada) é capaz de tornar uma aula interessante. Sobre os mitos é interessante que conhecemos sobre a cultura Yorubá, porque através das leituras dos mitos conhecemos suas práticas. É importante também as reflexões que fazemos sempre depois de uma realização de atividade, como a participação na rádio 13 de maio, através dessa reflexão reconhecemos pontos que poderiam ser explicitados no momento, outros que não e a compartilhar nossos medos e receios os quais foram ou não vivenciados no coletivo.  






sexta-feira, 13 de março de 2015

DIVULGAÇÃO: PIBID/História na rádio Treze de Maio





Serviço: 
Autoria do texto: equipe PIBID, Subprojeto História 
Revisão textual: Maria Cristina Rodrigues Evangelista

O subprojeto de História CAPES/PIBID da UEG - Câmpus de Goiás, participará do programa "Voz Ativa" na rádio Treze de Maio. 
O programa vai ao ar sexta-feira, dia 13 de março de 2015 das 9h às 11h am.
O programa "Voz Ativa" é um projeto de extensão da UEG/GO, coordenado pelo professor Robson de Souza (UEG) do curso de Geografia.
A nossa participação no programa terá como objetivo apresentar à comunidade vilaboense e aos demais ouvintes, o trabalho que desenvolvemos no câmpus da UEG de Goiás, coordenado pelo professor Euzébio Carvalho e  também no Colégio Estadual de Tempo Integral, Dr. Albion de Castro Curado, supervisionado pela professora Maria Cristina Rodrigues Evangelista.
Contamos também com a participação dos ouvintes, para desenvolvermos um diálogo entre universidade e sociedade, relacionados ao subprojeto "Educação das Relações Étnico-Raciais: as africanidades brasileiras em sala de aula". Esta discussão engloba uma vasta gama de assuntos relativos à História e Cultura Afro-Brasileira e Africana e sua importância no combate ao racismo em sala de aula.
 Neste sentido, objetivamos, uma maior participação por parte da comunidade na construção de uma sociedade livre de racismo e injustiças sociais causadas pela cor da pele. 
A rádio Treze de Maior possui um site para que seus ouvintes possam acompanha-la ao vivo e online (www.trezefm.com). 
Acompanhe esta discussão amanha (13/03/15), das 9h às 11 horas da manhã e faça parte também na luta por uma sociedade livre de racismo.



PIBID DE HISTÓRIA NA RÁDIO 13 DE MAIO (13/03/2015)

Serviço: 
Autoria do texto: equipe PIBID, Subprojeto História 
Relações públicas e secretariado de Fevereiro: Elivan Andrade e Wariane Machado
Revisão textual: Maria Cristina Rodrigues Evangelista

Atendendo ao convite realizado pelo Prof. Ms. Robson Moraes (Professor de Geopolítica da Licenciatura em Geografia da UEG/GO), nosso grupo participou do programa "Voz Ativa" da Rádio Treze de Maio (105,9) que foi ao ar no dia 13/03/2015, das 9h às 11h.

O programa "Voz Ativa" é um projeto de extensão, coordenado pelo Prof. Robson Moraes, caracterizando uma parceria entre a UEG e a Rádio Treze de Maio, envolvendo toda a comunidade local.

A nossa participação teve como objetivo apresentar as atividades realizadas no interior do SubProjeto PIBID/CAPES "Educação das Relações Étnico-Raciais: as africanidades brasileiras na sala de aula". Dentre elas: o nosso planejamento, o nosso trabalho, nossos projetos internos e a nossa participação na escola-campo Colégio Estadual Dr. Albion de Castro Curado, a fim de criar e executar situações de ensino/aprendizagem que favoreçam o enfrentamento de discriminações e desigualdades por diferenças, étnico-raciais.

A conversa foi dirigida pelo Prof Dr. Vinícius Polzin Druciaki (Professor da Licenciatura em Geografia UEG/GO). O diálogo começou com um pouco de receio e vergonha por nossa parte, mas logo nos familiarizamos com espaço e o diálogo fluiu. Tivemos na parte final do programa algumas participações da comunidade com perguntas e contribuições para a nossa conversa.

A experiência de participar pela primeira vez em um programa de rádio (para muitos) foi muito positiva.

Galeria de Imagens:




























Wariane de F. Machado: A participação em um programa de rádio foi algo inédito para mim, como também um pouco intimidador. Mas logo me familiarizei e foi possível desenvolver um bom diálogo. É gratificante saber que o trabalho desenvolvido pelo PIBID está sendo bem reconhecido, cada convite para falar sobre o projeto nos alegra pois, mostra a importância do trabalho que está sendo desenvolvido por nós. 

Jessica Regina Soares: A participação na rádio, foi uma das grandes experiências adquiridas durante o PIBID. Apesar da timidez, a conversa fluiu e foi possível abordar ainda mais os assuntos aos quais vem sendo discutido, e os trabalhos que vem sendo desenvolvidos. Uma coisa muito importante, é que ao participar de um programa de rádio, conseguimos levar o que desenvolvemos dentro da Universidade para além de seus muros. Isso atinge a sociedade, e faz com que se possa colocar em um momento de seu cotidiano, questões que muitas vezes parecem estar esquecidas ou que para muitos não são relevantes, mas que diante da informação, faz com que as pessoas repensem e possam ampliar seus diálogos sobre os temas que lhes atingem.

Maria Elisa Santos: Novas experiências, novos conhecimentos, frio na barriga, tudo muito bom na manhã desde dia. Fizemos boas discussões, a articulação dos assuntos fluíram bastante, entre os pibidianos alguns falaram mais do outros, isto se deu pelo fato que uns tem mais facilidade em falar. Considero muito importante nosso envolvimento com a comunidade, isto porque além de mostrar nosso trabalho, discutimos questões que no dia-a-dia acontecem constatemente, e quando estabelecemos este diálogo, muitas coisas passam a fazer sentido para pessoas que não tem conhecimento sobre termos que até então eram desconhecidos pela população.

Jaqueline Pereira de Morais: Ter a o oportunidade de levar para outros espaços um pouco do nosso trabalho, foi de grande importância para o nosso projeto.Pois é uma chance de divulgarmos todo nosso esforço, nossa luta pra acabar com o racismo, pois quando também estamos lá na emissora debatendo, discutindo, estamos levando aqueles que não tem,ou não teve ainda a oportunidade de ir visitar e participar das nossas atividades desenvolvidas no campus. Que possamos ter mais, outras oportunidades como essa.












quinta-feira, 12 de março de 2015

COMPARTILHANDO... IDENTIDADE E RESISTÊNCIA: Mulheres Negras Combatem Padrões de Beleza

Manifesto Crespo: Encontro em aldeia guarani, em SP, compartilha costumes ancestrais e luta contra estereótipos da indústria da moda



FOTO: Felipe Scapino

No extremo sul da cidade de São Paulo, na aldeia Tenondé Porã, onde vive parte da comunidade guarani, o coletivo Manifesto Crespo, formado por mulheres negras, promoveu o evento “Tecendo e trançando arte”. O projeto, criado com a finalidade de discutir a beleza verdadeira da mulher brasileira através da quebra dos estereótipos que predominam na moda e na mídia, levou até a comunidade indígena oficinas e atividades de troca de saberes entre as mulheres presentes.


Dentro de uma área de Mata Atlântica ainda preservada, as mulheres se uniram para compartilhar costumes ancestrais e colocar em contato essas etnias diferentes, mas com históricos comuns de luta, sofrimento e resistência. Em um ambiente marcado pela diversidade, anfitriãs e visitantes fortaleceram os laços que historicamente unem as duas culturas.

FOTO: Marina Fontanelli

“O encontro nesse ambiente, junto aos povos originários foi escolhido porque a aldeia conta com a Jerá Guarani, uma liderança feminina que nos dá orgulho e que sabe que no passado existia muita união entre as comunidades negra e indígena”, afirma Lúcia Udemezue, membra do Manifesto Crespo.  Segundo ela, o ativismo de Jerá Guarani em diversos movimentos políticos fortalece a participação feminina na aldeia. “Nós acreditamos que as pautas das nossas lutas se encontram de alguma maneira e estamos juntos defendendo uma bandeira maior, em busca igualdade pra que seja feita a justiça que não foi feita há séculos em nosso país”, completa Udemezue.


FOTO: Semayat Oliveira

“Ao aprender as amarrações para carregar os filhos percebi que nós fazemos da mesma forma que os negros. Dá pra ver a semelhança entre a sabedoria milenar presente nas duas partes”, diz Poty Porã, mulher guarani e professora da escola da aldeia. Segundo ela, foi gratificante participar das atividades e aprender a fazer turbantes e outras amarrações que foram ensinadas pelas integrantes do grupo.

Bonito é ser diferente

“As histórias das mulheres negras brasileiras possuem relatos semelhantes: quando crianças tinham o cabelo trançado pelos familiares, na juventude alisava e na idade adulta, há a busca por assumir os crespos”, conta Denise Souza, educadora e integrante do Manifesto Crespo. Para ela, as vivências organizadas encontram pontos em comum, independente do lugar onde seja aplicada.

FOTO: Nathália Kamura

“A mídia, atualmente, mostra sua agressividade porque estamos reagindo. Quanto mais a gente combater, mais virá essa força contrária”, conta Lúcia Udemezue. O projeto se propõe a mostrar a beleza da diversidade e da mulher negra, na luta contra a mídia e a publicidade monocromática que insiste em explicitar em propagandas, filmes e novelas um único tipo de mulher, de pele branca e cabelos lisos.

“Quando fazemos esse tipo de atividade dá pra ver que o olhar das pessoas muda e elas começam a enxergar a cultura negra de outra forma”, pontua Thays Quadros, produtora do projeto. Ela conta que o intuito do coletivo é passar as técnicas de tranças e turbantes de geração em geração, incentivando as crianças a aprenderem essas tradições. “Quando uma criança conhece a outra cultura, sabendo sobre as diferenças vai olhar com outros olhos e apreciar a beleza da diversidade. Para combater o racismo é preciso ensinar as pessoas a respeitar as diferenças”, completa.

Trançando e tecendo arte

Em 2014, o Manifesto Crespo, em parceria com a União Popular de Mulheres do Campo Limpo, foi contemplado com o “Prêmio Lélia Gonzalez – protagonismo de organizações de mulheres negras”. A iniciativa propõe a realização do resgate da cultura artística das tranças e turbantes afro em 5 cidades do estado, que contam lideranças femininas representativas e tradições ligadas a cultura africana no Brasil.

FOTO: Felipe Scapino

“Nosso projeto começou com um grupo de mulheres jovens e negras que se reuniram para discutir a questão de identidade através do cabelo”, conta Lucia Udemezue. O impulso inicial para o nascimento do coletivo veio, segundo ela, das dificuldades de aceitação do cabelo crespo. “Começamos a juntar várias experiências para montar um projeto de cunho artístico, pedagógico e também político. Para assim, criar um ambiente em que a gente pudesse compartilhar as experiências e ouvir das mulheres como elas não aceitas em sociedade por conta de um padrão de beleza imposto”, completa.


Texto originalmente publicado no síto Negro Belchior em 05/03/15.





terça-feira, 10 de março de 2015

30ª REUNIÃO DE FORMAÇÃO (10/03/15)

Serviço: 
Autoria do texto: equipe PIBID, Subprojeto História 
Relações públicas e secretariado de Fevereiro: Elivan Andrade e Wariane Machado
Revisão textual: Maria Cristina Rodrigues Evangelista

Dia dez de março, reunidos no CEPEDOM, para mais uma Reunião de Formação Subprojeto PIBID de História. Desde que retomamos às atividades esse ano, sempre iniciamos as reuniões lendo/discutindo um conto africano e ouvindo/discutindo uma música com temática afrobrasileira. A música do dia foi a "Chamada dos Santos Africanos" do grupo "Cordel do Fogo Encantado"; e os contos foram "Exú põe fogo na casa e vira rei" e "Eleguá guarda o portão de Aganju".

Quando a flor tava dormindo 
Vento fogo corredor
 
É a bença prometida
 
Pra quem é merecedor
 
Pai Tomás levanta a cuia
 
Com incenso de fulô
Preta velha atiça o fogo 
Que o trabalho começou
Vem arriar nesta casa
Nessa manhã, nos foram apresentadas ainda, algumas palavras da linguagem Ioruba: Agó: licença; Axé: que assim seja (mesmo sentido do Amém); monjuba: o meu coração saúda o seu coração (saudação).
A pauta do dia foi o planejamento da nossa participação no programa "Voz Ativa" (que é uma parceria do UEG com a rádio) da Rádio 13 de Maio, da Cidade de Goiás, em convite do Prof. Robson de Sousa (Geografia/UEG). Fomos então, estudar as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (DCN/ERER/EHCABA). O documento é um conjunto de medidas e ações com o objetivo de corrigir injustiças, eliminar discriminações e promover a inclusão social e a cidadania PARA TODOS no sistema educacional brasileiro. Alguns pontos da nossa leitura (e discussão) merecem ser ressaltados:
  • O documento é fruto das reivindicações e propostas do Movimento Negro, que apontam para a necessidade de Políticas de ações afirmativas destinadas à população afrodescendente; 
  • Políticas de Ações Afirmativas são políticas de reparações, e de reconhecimento e valorização da história, cultura e identidade da população afrodescendente; → é papel do Estado e da sociedade
  • As DCN/ERER/EHCABA propõe a formação de atitudes/posturas/valores/conhecimento que eduquem cidadãos orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial, sejam eles descendentes de africanos, povos indígenas, descendentes de europeus ou de asiáticos, para que se construa uma nação democrática, em que todos tenham seus direitos garantidos e sua identidade valorizada.
Uma parte do documento chamou muito a nossa atenção e rendeu uma boa roda de conversa. De acordo com as DCN/ERER/EHCABA: 

“Sem a intervenção do Estado, os postos à margem, entre eles, os afro-brasileiros, dificilmente, e as estáticas o mostram sem deixar dúvida, romperão o sistema meritocrático que agrava desigualdades e gera injustiça, ao reger-se por critérios de exclusão, fundados em preconceitos e manutenção de privilégios para os sempre privilegiados.” 

Meritocracia 

O grande problema da meritocracia, é muito bem destacado no texto, ela mantém privilégios para aqueles que sempre estiverem privilegiados. Ela mantém no poder sempre a mesma classe elitista que domina há tempos, ela se mantém. E nessa situação, as famílias pobres, sempre estarão, também, nas mesmas posições, com salários baixíssimos e abusivos, em trabalhos de condições quase sub-humanas. Para entender ainda mais essa questão, trouxemos à ideia de Capital Cultural de Pierre Bourdieu. O capital cultural seria como uma herança de cultura/conhecimento que se adquiri ao longo da vida, e esse capital cultural pode ser adquirido em espaços como museus, cinemas, teatros, parques, viagens, shows, etc, que são espaços frequentados por pessoas das classes superiores. Nessa lógica de capital cultural, o filho de um juiz teria mais chances de se sair melhor na escola do que o filho de um lavrador. Assim, haveria a manutenção daquele que já está privilegiado. Por isso a grande importância de se tratar a diferença com diferença. Essa ideia de igualdade (e de mérito) fere o direito à condições mais dignas de viver, de educação, de saúde, de moradia. 
Equidade

O dia foi incrível. As leituras renderam ótimas discussões. 

Galeria de Imagens:
30ª Reunião



Frequência: 
Elivan, Jaqueline, Jessica, Jade, Maria Elisa (participou apenas a tarde), Mauro, Kesia, Letícia, Victor. Wariane. Patrícia e Professor coordenador Euzebio. A supervisora do projeto Profa. Maria Cristina não compareceu (estava doente).



Maria Elisa M. Santos: Foi um dia muito significante em todos os aspectos, compreendendo tanto o ensino e aprendizado nos contexto da cultura africana e afro-brasileira na nossa construção étnico-racial. Vejo como pontos importantes para adentrarmos de forma conhecedora na cultura afro, são as leituras dos contos e das musicas, pois estes nos remete a interpretar e pensar a linguagem africana, e o negro na sociedade. Neste dia participei somente no período vespertino, e esta reunião da tarde foi decisiva para nossa participação na rádio 13 de maio, pois o Prof. Euzebio com base na DCN/ERER/EHCABA teve o cuidado de nos explicar partes fundamentais para o que seria discute no programa. 


Wariane de F. Machado: Essa reunião gerou excelentes discussões, que enriquecem a nossa formação. É importante derrubarmos esse discurso meritocrático que está tão presente em nossa sociedade.  Como parte das diretrizes deixa bem claro: “Sem a intervenção do Estado, os postos à margem, entre eles, os afro-brasileiros, dificilmente, e as estáticas o mostram sem deixar dúvida, romperão o sistema meritocrático que agrava desigualdades e gera injustiça(...)". Essa sociedade de méritos irá favorecer aqueles que sempre estiveram no poder. Será sempre uma sociedade elitista, machista, branca e heterossexual. As minorias, e dentre elas os afro-brasileiros, sempre ficarão a margem. Por isso a importância de políticas públicas que venha reparar os danos históricos causados aos negros. "A demanda por reparações visa a que o Estado e a sociedade tomem medidas para ressarcir os descendentes de africanos negros, dos danos psicológicos, materiais, sociais, políticos e educacionais sofridos sob o regime escravista, bem como em virtude das políticas explícitas ou tácitas de branqueamento da população, de manutenção de privilégios exclusivos para grupos com poder de governar e de influir na formulação de políticas, no pós-abolição." (DCN/ERER/EHCABA p. 11). 
  


Jessica Regina Soares:  Esse dia realmente rendeu muitas discussões, daquelas boas de fazer e que possibilitam a ampliação dos olhares. Durante o planejamento do que seria trabalhado na rádio 13 de maio, lemos um pouco da DCN/ERER/EHCABA, o que está proposto nela contribui para os trabalhos que desenvolvemos em duplas ou individuais e também contribuiu muito para a conversa. A ideia de pensar sobre o estado meritocrático foi muito gratificante, para perceber o quanto mesmo não parecendo sempre se busca continuar mantendo os dominantes superior ao que estão a margem. O sistema meritocrático, da atenção para a igualdade, mas será que ela é o  mais adequado? Tratar um rico e um pobre da mesma forma, não ira continuar mantendo os privilégios do rico? Dessa forma, a ideia é uma frase que se tornou também um ponto de discussão" tratar os diferentes com a diferença", o que possibilita a quebra de privilégios e assim, colocar ricos e pobres diante da igualdade.

Jaqueline pereira de Morais: Como já foi ressaltado, este dia foi ótimo. Este dia nos dedicamos a preparação para o debate que ocorreu na rádio 13 de maio. E um assunto que nos despertou bastante a atenção foi sobre o sistema meritocrático.Este que promove ainda mais a desigualdade social e coloca num sistema de marginalização em especial os negros. Essa discussão foi bastante significativa para compreendermos a importância da existência de cotas, o que ainda é uma discussão polêmica. Compreendi nesse dia que para que haja igualdade de direitos, é preciso tratar a diferença com diferença, daí a importância de existir políticas de ação afirmativa, exemplo as cotas nas universidades.