terça-feira, 12 de maio de 2015

38ª Reunião de Formação (planejamento da oficina "Religiosidades Africanas" (12/05/2015)


Serviço: 
Autoria do texto: equipe PIBID, Subprojeto História
Relações públicas e secretariado de setembro: Maria Elisa e Wariane
Revisão textual: Maria Cristina


A Oficina de Religiosidade Africana e Afro-brasileira nasceu de um trabalho científico desenvolvidos desde o ano passado pelos pibidianos Jéssica e Mauro, dentro do nosso Subprojeto: “Educação das Relações Étnico-Raciais: africanidades brasileiras na sala de aula”. Durante todo o ano de 2014, este trabalho foi apresentado em vários eventos. Esta pesquisa, além de satisfazer um desejo entre os dois, em construir um trabalho sobre religiosidades africanas, era transformar uma teoria em prática, foi neste sentido que idealizamos a oficina. 
Sendo assim, como esta era a última etapa do trabalho dos pibidianos, nesta reunião de formação dedicamos todos a organizando, discutindo e planejando a oficina e dividindo tarefas. A oficina aconteceria na escola-campo Colégio Albion, terça-feira 19/05 e aplicada somente com as turmas de 6º e 7º ano, na sala da brinquedateca.

Imagem de Oyá
Os assuntos que serão abordados na oficina, são: relação mito, história e religião; mapa étnico africano; cultura/povo yoruba; diáspora negra; relação religião e cultura; direitos humanos, cidadania e liberdade de expressão religiosa; respeito às diferenças e diversidade; além disso, vai ser falado sobre o desenho X-Men e a personagem Tempestade (Ororo). Fizemos esta relação com o desenho X-Men, e principalmente sobre a Tempestade, pois, na trama sua personagem é de uma mulher negra, afro-estadunidense, e aborda várias características de Oyá.
Iniciamos, no período da manhã, o Coord. Euzebio pediu que cada pibidiano elaborasse três perguntas que relacionasse com a temática sobre “Religiosidades Africanas”, isto porque, aplicaríamos um questionário antes de começar e no termino da oficina, com o intuito de estabelecer uma relação entre o antes de expor o conteúdo e após a exposição, e também este servirá como um documento de análise para o trabalho de Jéssica e Mauro. Cada um de nós elaboramos três perguntas, dentre estas, escolhemos algumas, e adeguamos para uma linguagem de fácil entendimento, para que assim, os alunos compreendesse melhor. 
X-Men


Além do questionário, iremos passar um episódio do X-Men que ilustra a personagem Tempestade, vamos cantar juntamente com os alunos a música Oyá - Comp. Sandra Perez e Arnaldo Antunes do CD: Pé com pé – Sandra Perez e Paulo Tatit, e também fazer uma contação de história com a pibidiana Jéssica, estabelecendo um diálogo com mitologia de Oyá.

Imagem Ororo: desenho X:Men
No periodo da tarde, antes de começar os trabalhos, ouvimos a música “Oyá”, música que será cantada na oficina. Depois da música, fizemos a leitura do conto “Exú recebe ebó e salva um homem doente”. Durante toda a tarde continuamos organizando oficina, a pibidiana Jéssica apresentou a nós a história que iria contar, e com isto criamos várias ilustrações para que a apresentação dela se tornasse mais viva, como por exemplo, quando ela falava em trovão, alguém fazia um barulho que remetesse a ideia de um trovão, quando ela falava em fogo/raio, ilustrávamos com bombinhas de pequeno porte, e assim sucessivamente.
As tarefas ficaram divididas da seguinte forma:
I. Questionário (Todos).
II. Apresentação do desenho X-Men: o que é? Quem criou? Formatos: quadrinhos (ano), desenho animado (clássico e evolutin) e filmes (primeira trilogia, Wolverine, segunda trilogia) (Elivan, Késia, Maria Elisa).
III. Exibição do episódio “Tempestade Africana”.
IV. Tematização do conteúdo: Mito, religião, cultura. Mapas das etnias africanas (Dois mapas: um geral e um específico). Povo Yorubá; relação África x Brasil; influências na religiosidade: Candomblé, Umbanda e Macumba; influências na língua/palavras (Mauro).
V. Ensinar a música “Oiá” da palavra cantada (Todos).
VI. Contação de História dramatização (Jéssica); “Oyá: A mulher dos raios e trovões”:
Trovão: Jéssica entra (Jade) 
Primeira parte: Jéssica caminha para o ventilador (Euzebio) 
Segunda parte: espada (Euzebio)
Terceira parte: traque (Fogo)
Quarta parte: trovão- socorrer os filhos (Jade)
Quinta parte: trovão- Xangô pede socorro (Jade)
Sexta parte: partiu as grades traque (Jéssica)
Sétima parte: TNT (Euzebio).
VII. Respeito a diferença: direito à liberdade de culto (Constituição e DUDH); preconceito e discriminação de ordem religiosa; educação para a diferença (Wariane).
VIII. Questionário (Todos).

Frequência: Maria Elisa, Elivan, Wariane, Jaqueline, Jéssica, Mauro, Jade, Patrícia, Luqueze, Euzebio, a Maria Cristina participou na parte da tarde.


Elivan Andrade: Faço esse comentário já depois da oficina ter sido executada, então é mais no sentido de uma reflexão minha sobre o trabalho. Percebo, cada vez mais, como o trabalho desenvolvido em grupo (pensado em grupo, planejado em grupo, executado em grupo e refletido em grupo) faz bem para o grupo e torna o trabalho e os seus resultados muitos melhores e maiores. Com a oficina de religiosidade africana isso não foi diferente. Jessica e Mauro com certeza tiveram mais trabalho, já que a oficina origina-se do projeto deles, mas todos se empenharam para isso também. Acho, que durante a oficina, poderíamos ter feito mais problematizações para que os alunos relacionassem melhor a figura de Oyá com a Tempestade, do desenho X-men, acho que essa parte foi um pouco falha e poderia ter sido melhor explorada. 

Jaqueline Pereira de Morais:  Esse dia do planejamento da oficina foi super empolgante.Sempre que estamos preparando algo para trabalhar com as crianças, ficamos imaginando será que elas irão gostar, qual metodologia utilizar, eu acho sempre legal. E  o que me despertou bastante a atenção, foi a questão da relação do desenho do X-man com a Oyá. Isso é fantástico, pois no cotidiano da maioria daqueles alunos, inclusive nós que já fomos crianças, existe muito da cultura africana, e passam despercebidos(talvez por uma falta de formação) dos nossos olhares. Isso me leva a refletir enquanto fui uma criança e negra um dia, esse tipo de trabalho teria sido importante para minha formação histórica. 


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